Alfredo Naffah Neto
Neste artigo, descreve-se o caso clínico de um paciente borderline, cujo self era inicialmente formado por uma hipertrofia da área intelectual e que, ao longo da análise, veio a conquistar um corpo próprio e, com isso, uma unidade psicossomática. Essa descrição tem a finalidade de mostrar que, na perspectiva winnicottiana, existem outras possibilidades de interpretar os sonhos em casos de patologia borderline, possibilidades que escapam à teoria dos sonhos proposta por Freud. Não se pretende fazer uma revisão da teoria freudiana, o que exigiria um estudo à parte. Conclui-se que, na perspectiva winnicottiana, o sonho geralmente traduz características do estágio de amadurecimento em que o paciente se encontra.
Palavras-chave: patologia borderline, personalização, unidade psicossomática, sonhos.
Comments